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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
24/11/21 às 11h33 - Atualizado em 6/10/22 às 12h46

Programa Mala do Livro

Ascom/Secec

 

MALA DO LIVRO

Lançada em 1991, a partir da iniciativa das bibliotecárias Neuza Dourado e Maria da Conceição Moreira Salles, a Mala do Livro conta hoje com mais de 300 agentes, responsáveis por mini-bibliotecas domiciliares ou institucionais em todo o Distrito Federal.

 

As caixas-estantes de cada agente recebem cerca de 150 exemplares, que vão desde literatura infantil, infantojuvenil, brasileira, estrangeira, até livros de pesquisa. As obras podem ser emprestadas por um prazo de sete dias, com possibilidade de renovação.

 

No total, o acervo é composto por mais de 45 mil obras consignadas aos agentes que, além de fomentar o hábito da leitura entre crianças, jovens e adultos, desenvolvem atividades lúdicas como contação de histórias, por exemplo.

 

Os livros atendem tanto as bibliotecas domiciliares quanto as institucionais, localizadas em unidades hospitalares, centros olímpicos, unidades prisionais e estações do metrô. A BNB também conta com um posto avançado da Mala do Livro no pavimento térreo, o que amplia as possibilidades de acesso à leitura.

 

31 ANOS DE HISTÓRIA

A Mala do Livro, programa distrital de criação de bibliotecas domiciliares no Distrito Federal e entorno, gerenciado pela Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), completa 31 anos este mês e planeja uma comemoração recheada de boas notícias nesta quarta-feira (27.10).

 

A maior biblioteca pública do DF aproveita a ocasião e celebra, às 10h, a capacitação de 500 novos agentes comunitários de leitura, num investimento de R$ 1,2 milhão (Edital de Capacitação de Agentes da Mala do Livro), a premiação de cem deles – todos voluntários – com valores de R$ 5 mil (objeto de outro edital, que fixará os critérios) e o lançamento da coletânea de poesia infanto-juvenil “Mala do Livro: uma viagem na leitura”, fruto do concurso Candanguinho, quando 30 autores e autoras participarão de manhã de autógrafos.

 

Marina Gadelha

 

“Esse programa nos enche de orgulho. A Mala do Livro é um programa de estado, consolidado, que leva o livro a quem tem nele um portal para literatura e poesia, para conhecimento e qualificação, para oportunidades, emprego e renda. É uma das joias da cultura do GDF”, atesta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

 

“A Mala do Livro é um dos mais bem-sucedidos programas de incentivo à leitura do mundo. Como é um projeto de Extensão Bibliotecária, a BNB trabalha para aperfeiçoá-lo, seja capacitando agentes, seja ampliando o número de malas e atingindo mais leitores”, ecoa a diretora da BNB, Elisa Raquel Sousa Oliveira.

 

A Mala do Livro rompeu com a força que têm as palavras. As cestas cederam espaço a caixas-estantes em todas as RAs e em locais no entorno da capital federal. Um engenhoso móvel, feito em madeira ou compensado, se fecha como caixa e se abre como estante, comportando entre 140 e 180 livros, numa seleção de títulos adaptada aos interesses da comunidade, um dos eixos do programa, que responde a demandas das pessoas, não impondo nada. Além de livros didáticos e de referência, há literatura, entre clássicos infanto-juvenis e para adultos, do Brasil e do mundo. E também gibis e títulos ensinando a fazer coisas, empoderando com bricolagem pessoas com necessidade de tudo. Uma mala para as viagens que a imaginação ousar, primeiro passo para tantas realizações que três décadas testemunham.

 

Hoje há 193 unidades, sendo 107 domiciliares e 86 em instituições públicas e privadas. A diretora da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), a principal biblioteca pública do DF e que coordena o esforço, Elisa Raquel Sousa Oliveira, calcula que a Mala do Livro atende atualmente 18 mil pessoas por ano, tendo alcançado em três décadas algo na casa dos 100 mil usuários. A história da Mala do Livro, assinada em sua maioria por mulheres, cabeças de família e habituadas a lutar contra as probabilidades por um futuro melhor para os filhos, traz muitos relatos de superação.

 

Raio X da Mala (médias mensais)

Empréstimos: 2 mil

Visitas a cada agente de leitura: 45

Trocas de acervo: 15

Implantações de mini bibliotecas: 4

Participações em eventos culturais em 2020 antes da pandemia (janeiro a março): 15

 

Cadastro para ser agente de leitura

maladolivro@cultura.df.gov.br

(061)3325-2607

 

Associação dos Agentes de Leitura e Contadores de História do DF – Aaconte

e-mail: aacontedf@gmail.com

 

“Revista Eletrônica da Associação de Bibliotecários e Profissionais da Ciência da Informação (ABDF)”

Artigo de Neusa Dourado que aborda a Mala do Livro