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9/07/21 às 14h18 - Atualizado em 6/10/22 às 13h02

Secec recebe joias de Theodor Koch-Grünberg

Texto e fotos: Loane Bernardo. Edição: Sérgio Maggio

09/07/2021

14:01:22

 

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A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) recebeu, na manhã desta sexta-feira, (9.7), um tesouro incalculável: 52 fotografias de Michael Kraus e sete do etnólogo alemão Theodor Koch-Grünberg (1872 – 1924), um dos maiores estudiosos dos povos originários da América do Sul, sobretudo, os venezuelanos e brasileiros da região Amazônica. A doação veio pelas mãos do adido de Imprensa e Cultura da Embaixada da Alemanha, Joachim Schemel, em encontro com o secretário, Bartolomeu Rodrigues, no Gabinete da pasta.

 

 

“Vamos cuidar desse acervo com todo o cuidado que ele merece, pela sua importância cultural, bem como por sua referência acadêmica para pesquisadores e interessados no tema indígena. São registros que nos chegam em um momento especial, que nos leva a refletir sobre a sobrevivência das culturas primitivas do continente sul-americano com textos e fotos originais da época”, celebrou o secretário de Cultura.

 

Com alta relevância na pesquisa indígena mundial, Theodor Koch-Grünberg foi um dos primeiros indigenistas a ter contato com os Terenas e foi de expressivo valor para a antropologia brasileira. Nesse sentido, os quadros doados farão parte do acervo permanente o Memorial dos Povos Indígenas (MPI).

 

As obras doadas à Gerência de Acervo da Secec são fotos oriundas das seguintes exposições: “Índios no Alto Rio Negro – Nos rastros do etnólogo alemão Theodor Koch-Grünberg”, de Michael Kraus, composta de fotografias de uma viagem à terra índígena Alto Rio Negro, realizada em junho de 2001, e “Exposição Fotográfica de Theodor Koch-Grünberg ao Alto Rio Negro (1903-1905)” com textos e fotos originais da época.

 

ORIGEM DE MACUNAÍMA

 

O representante da Embaixada da Alemanha, Joachim Schemel ressaltou que o órgão internacional é líder em iniciativas que fortaleçam a cultura do povo brasileiro e que a intenção da Embaixada é sempre manter um relacionamento estreito com representantes que preservam a história e a origem da cultura do país.

 

“Agradecemos a parceria e estamos confiantes na contribuição que estas fotografias vão proporcionar para o resgate das tradições e origens dos povos indígenas do Brasil”.

 

Responsável pela Gerência de Acervo da Secec, Aline Ferrari, destaca que realizou as tratativas à Embaixada e celebra a parceria com este organismo internacional, com a certeza que esta doação enriquecerá o acervo do MPI, além de facilitar a criação de exposições imediatas no equipamento cultural.

 

“Estas fotografias mostram, com riqueza de detalhes as comunidades indígenas do Sul do Mato Grosso, Norte do Brasil até os povos indígenas da Venezuela. Ele era um pesquisador apaixonado pelos nossos povos indígenas”, enfatiza.

 

Por Onde Anda Makunaíma?

Theodor Koch-Grünberg estudou a mitologia, as lendas, a etnologia, a antropologia e história dos povos originários. As narrativas dos mitos dos povos indígenas pela pela tríplice fronteira entre Brasil-Venezuela-Guiana permitiram que o mito de Macunaíma chegasse aos olhos do escritor Mário de Andrade, um apaixonado pelo folclore e cultura indígena, criando assim o livro homônimo, obra-prima da literatura brasileira.

 

O grande vencedor da 52 edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), “Por Onde Anda Makunaíma?” mostrou a importância do etnólogo na popularização do mito indígena na arte.

 

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)

e-mail: comunicacao@cultura.df.gov.br