Texto: Jamile Rodrigues e Luis Andrade, com informações da Agência Brasília. Edição: Ascom Secec
Bloco da Baratona, tradicional no carnaval do DF. Foto: Lázaro Mendes
Se depois de toda a folia do final de semana de carnaval, alguém pensou em descansar, pode ser que não tenha dado certo. A programação da festa de momo seguiu nesta segunda-feira (20/2), a chamada segunda-feira gorda, levando os foliões, mais uma vez, para as ruas de todo o DF. Teve carnaval em Planaltina e no Jardim Botânico, na Asa Sul e em São Sebastião, em Brazlândia e em Águas Claras – para não ficar ninguém parado.
Secretário Bartolomeu Rodrigues em entrevista para a Agência Brasília. Foto: Hugo Lira
Mais do que um simples festejo, o carnaval é um impulsionador da economia e da alegria! Durante esses dias, a expectativa do Governo do Distrito Federal é de que sejam gerados mais de 16 mil empregos. Além disso, o consumo de produtos e serviços deve ter um crescimento de 23%, segundo pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF). “Tem muita gente na rua, um movimento intenso de foliões, a economia criativa bombando. A gente tem que ver esse aspecto positivo, com o comércio faturando alto. Ou seja, o carnaval está sendo um sucesso”, comemorou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.
Em meio a essa programação intensa e bem-sucedida, na tarde desta segunda, saiu um dos blocos mais tradicionais do Distrito Federal: o Bloco Baratona, recebendo foliões de diversas idades. A novidade para 2023 é que, dessa vez, o bloco se organizou em formato fixo no Parque da Cidade, com megaestrutura, palco, bandas, tendas, espaço para alimentação e segurança reforçada.
Segundo Paulo Henrique Nadiceo, um dos organizadores da festa, a edição deste ano se preparou para receber de cerca de 80 mil pessoas, mostrando que o carnaval de rua do DF está, a cada ano, se consolidando como um destino interessante para quem gosta da folia. “Nossa expectativa é tremenda. Depois de dois anos sem bloco, é lindo ver esse pessoal aqui. Saímos no bloco estático, já temos milhares de pessoas aqui e está sendo gratificante’’, comenta.
O Bloco Baratona, que existe desde 1976, não tem nada a ver com uma barata grande – como muitos podem pensar. O nome, na verdade, une as palavras “bar” e “maratona”, uma brincadeira proposta pelo idealizador do evento, o pernambucano Luiz Lima. Quando fundado, a tradição do bloco era fazer uma espécie de maratona entre bares de Brasília e, ao final – no último bar – premiar aquele folião que tivesse bebido algo em todos os bares que passou e que também concluísse o percurso com êxito. Quase 50 anos depois, o forte do bloco agora é reunir as famílias. Pais, mães, filhos, avós, tios e primos se encontraram na tarde quente, cheia de brincadeiras e embalada pelos shows da Banda Magia e da Chiquita Bacana, animando a galera com sucessos carnavalescos.
O Baratona é um dos blocos considerado de Porte Especial e recebeu R$ 220 mil de fomento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Com este apoio, o bloco gerou mais de 300 empregos diretos e aproximadamente 400 empregos indiretos, envolvendo os blocos Baratona e Baratinha, realizado no dia anterior, com foco nas crianças.
Para Daniel Moreira, servidor público, a escolha do Baratona foi baseada na segurança, diversão e espaço para todos. “Eu e minha esposa trouxemos nossos filhos ao Bloco da Baratinha, que foi realizado neste domingo. Meus filhos se divertiram tanto que resolvemos repetir a dose. Por se tratar de um bloco seguro e com ambiente familiar, foi possível trazer toda a família para a folia”, destacou.
FESTEJO EM ÁGUAS CLARAS
Descentralizar o carnaval de rua no DF foi uma das missões desse Carnaval da Paz de 2023. Além dos tradicionais blocos de rua no Plano Piloto, o Distrito Federal também recebeu dezenas de blocos nas diversas regiões administrativas. Um deles foi o Bloco da Toca, que ocupou a Rua Boulevard Norte de Águas Claras entre 18 e 20 de fevereiro. Somando todos os dias, foram cerca de 10 mil foliões se divertindo no local, ao som de DJs, cantores de axé e outros hits de carnaval.
O casal Jairo Rodrigues e Boaz Vinicius passeava por Águas Claras, quando avistou a movimentação e resolveu entrar para ver o que estava acontecendo por ali. “Estávamos de bobeira em casa e decidimos sair um pouco pela cidade. Quando ouvimos a música e percebemos a segurança na entrada do bloco gratuito, optamos por ficar. A festa está ótima. Música bacana, pertinho de casa e muito seguro. O carnaval de Brasília está cada ano melhor’’, ponderou Jairo.
A ideia de criar o Bloco da Toca, surgiu do produtor Alyson Barros, que é apaixonado por carnaval e realizava, em 2017, rodas de samba naquela região. “Sentimos que a turma gostava das rodas e cada vez estava mais cheio. Então, em 2018, fizemos nosso primeiro pré-carnaval. Em 2019, fizemos oficialmente o primeiro carnaval da Toca”, comentou. “Ficamos felizes, pois o que a gente quer fazer é trazer o carnaval de rua para Águas Claras. Cada vez mais as pessoas estão conhecendo a nossa proposta. As festas estão cada vez mais cheias.”
Além de um público festeiro e animado, o Bloco da Toca contou com uma programação de peso. Entre os três dias 19 e 20 de fevereiro, o espaço recebeu mais de dez atrações, como Thiago Kalazans, Batukenjê, Dj Miagh, Dj Matheus Barjud, banda Ed Bittencourt, DJ Nyka, Gutinho, Dj Pepê e Banda Circulô.
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