24/05/2022 às 15h18 - Atualizado em 24/02/2025 às 18h15

Hugo Rodas batiza o Teatro Galpão

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Texto: Sérgio Maggio. Edição: Sâmea Andrade (Ascom/Secec)

25.05.22

12:00:00

 

Ouça o resumo a notícia:

 

Desde o momento em que o diretor Hugo Rodas (1939 – 2022) pisou pela primeira vez em Brasília, em 1975, o dia 27 de maio, data do seu nascimento, virou uma festa teatral na cidade. Adepto às celebrações, o mestre uruguaio adorava reunir a família nômade que se formava em torno dos seus aprendizados em salas de ensaio e de aula. Foram muitas festanças ao longo dessas quase cinco décadas de vida em solos candangos. Nesta sexta-feira, não será diferente. Atores, atrizes, espectadores e agente culturais se preparam para batizar o Teatro Galpão com o nome de um dos artistas mais importantes do Distrito Federal.

 

Foto de Nityama Macrini

“Queremos celebrar a memória desse mestre que tanto transformou a arte cênica de Brasília. O Teatro Galpão Hugo Rodas surge como esse espaço natural e orgânico de criação e experimentação desse criador e de sua imensa trupe”, anuncia o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

 

Divulgação/AMACACA

Hugo com AMacaca

Aberta à comunidade, a homenagem a Hugo Rodas começa, às 19h, na Praça Central Orlando Brito do Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul), em cerimônia que descerra a placa do Teatro Galpão Hugo Rodas, com a presença de artistas que tiveram a história impactada pela arte do diretor uruguaio e professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), a exemplo do ator, diretor e professor aposentado da UnB, João Antônio de Lima Esteves, e da atriz e antropóloga Iara Pietricovsky.

 

Hugo Rodas

Após o batismo, a festa segue conduzida pelos dois grupos que estavam sob a direção de Hugo Rodas antes da sua morte, em 13 de abril: a Agrupação Teatral Amacaca (ATA) e a Saci Wèrè, que vão tomar o Espaço Cultural Renato Russo com um cortejo dionisíaco, conduzindo os convidados para dentro do Teatro Galpão Hugo Rodas com canções que foram trilhas de diversos espetáculos do diretor. Ali, a atriz e cineasta Catarina Accioly, a gestora cultural Valéria Cabral e o ator Luís Guilherme revezam testemunhos com as performances das trupes.

 

“Nós temos a missão de seguir com o legado de Hugo Rodas e é simbólico esse momento de batismo num território onde estamos residentes desde 2018, criando e apresentando uma série de espetáculos sob a maestria desse artista singular”, aponta a atriz Dani Neri, da ATA.

 

A relação de Hugo Rodas com o Teatro Galpão é histórica. Ali, ele apresentou uma série de espetáculos que definiram a sua estética teatral. Surgiu também a versão brasiliense de “Os Saltimbancos”, com o grupo Pitú, em 1976, que foi um dos primeiros sucessos do diretor na cidade, viajando pelo país e anunciando que Brasília tinha teatro de qualidade.

 

 

No dia 21 de abril, Hugo Rodas recebeu a Medalha do Mérito Distrital da Cultura Seu Teodoro, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), pela sua contribuição à cultura do DF, detalhada como:

 

“Mestre do palco, Hugo Rodas foi um dos mais talentosos e importantes artistas de teatro de seu tempo. Além de diretor, Hugo desenvolveu outras vertentes da profissão, como ator, diretor, bailarino, coreógrafo, cenógrafo, figurinista e professor. Uruguaio, radicou-se no Brasil desde os anos 1970 e firmou-se na capital em 1975, onde participou ativamente da cena teatral da cidade. A atuação intensa nas questões culturais lhe rendeu três títulos concedidos pelo Governo do Distrito Federal, entre eles o de Cidadão Honorário de Brasília (2000). Também recebeu os títulos de Notório Saber em Artes Cênicas (1998) e, mais recentemente, em 2014, o de Professor Emérito, ambos pela Universidade de Brasília (UnB), onde dedicou mais de 20 anos de trabalho na formação de artistas. Faleceu aos 82 anos, deixando um legado incalculável para a cultura do Distrito Federal.”

 

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)

E-mail: comunicacao@cultura.df.gov.br