Notícia Aberta
“Eduardo e Mônica”: amor em modo candango
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Texto: Lúcio Flávio (Agência Brasília/ Edição: Sâmea Andrade (Ascom Secec)
22/2/2022
10:05:34
Ouça o resumo da notícia:
O ingresso do dia pode ser adquiridos por R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) a partir das 14h na bilheteria do Cine Brasília, com pagamento somente em dinheiro (entre 26.2 e 1.3, a bilheteria abre às 18h). A sala de cinema dispõe de 607 lugares, sendo obrigatório o uso de máscaras. O filme fica em cartaz até o dia 7 de março, depois retorna de 9 a 17 de março, sempre às 20h, pausando apenas para celebração do Dia Internacional da Mulher.
A exibição de “Eduardo e Mônica” no Cine Brasília, icônico espaço da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, é, por vários motivos, marcada por simbologias. Uma delas é que os personagens da clássica história que marcou toda uma geração retornam à cidade onde nasceram.
O enredo todo mundo conhece. Imortalizou um dos hits do álbum “Dois”, um clássico do rock Brasil. É a saga de amor e perdição entre “um boyzinho que tentava impressionar a menina com tinta no cabelo”. “Eles que se encontraram sem querer, conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer” e zanzaram pelo Parque da Cidade falando coisas sobre o Planalto Central, magia e meditação.
Dito isso, o filme bem que poderia ser sintetizado com o trecho de outra letra marcante de Renato Russo: “Quando se aprende a amar, o mundo passa a ser seu”, cantava ele em “Se Fiquei Esperando Meu Amor Passar”, faixa do disco “As Quatro Estações”.
Tal qual “Faroeste Caboclo”, a canção “Eduardo & Mônica” surge como música-símbolo da cidade, evocando não apenas locais emblemáticos da capital, mas o comportamento da famosa “Geração Coca-Cola”, o estado de espírito de toda uma época. Enfim, o efervescente anos 1980, que o diretor, nascido em Brasília, teve sutileza e beleza de transpor para as telas.
A artista plástica que inspirou a personagem Mônica, Léo Coimbra, grande amiga de Renato, é homenageada em vários momentos da trama e estão na medida certa dezenas de referências culturais que ajudaram a moldar a persona atormentada do líder da Legião Urbana. Vão desde os punks do The Clash aos góticos do Bauhaus, passando pelo modernista Manuel Bandeira e o romântico Goethe, entre outros.
Com o cuidado de não soar igual e sem exagerar nos estereótipos, René Sampaio faz uma releitura simples, honesta e sensível de uma história clássica de amor que até hoje emociona “zilhões” de pessoas. Uma responsabilidade e tanto que deu certo. Sobretudo porque a essência da canção de Renato Russo está ali nas telonas. E claro, contribuiu para essa empatia entre público e filme o carisma dos personagens, muito mais do menino que “jogava futebol de botão com seu avô” e sua indubitável ingenuidade sincera.
“Eu amo você e você tem que voar, liberdade é o que você tem de mais bonito”, declara ele a sua musa com toda a poesia que revela os extremos que os separam.
Admirado por Renato, o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844 – 1900) cunhou a máxima “aquilo que não nos mata, nos torna mais forte”. E é verdade. Se não morremos pela dor, somos salvos pelo amor. E é sobre isso que fala e nos ensina o filme “Eduardo & Mônica”. Afinal, “quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?”.
EDUARDO E MÔNICA NO CINE BRASÍLIA
Sessão: 20h
Ingressos: R$ 10,00 (meia entrada) e R$ 20,00 (inteira) – pagamento somente em dinheiro
Bilheteria abre no dia da exibição a partir das 14h (entre 26.2 e 1.3, a bilheteria abre às 18h)
Endereço: EQS 106/107 Sul
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)
E-mail: comunicacao@cultura.df.gov.br