Notícia Aberta
Cine Brasília reabre com uma sessão especial dedicada a JK
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Após um período de restauros e intervenções, o Cine Brasília reabriu suas portas, em um dia muito especial. Nesta segunda, 22, celebrou seus 64 anos de história e deu de presente aos brasilienses uma exibição especial, que também fez parte das comemorações dos 64 anos de Brasília.
A cerimônia de reabertura do Cine contou com uma sessão especial do filme “JK – O Reinventor do Brasil” e a abertura de uma exposição fotográfica no hall do cinema, apresentando imagens históricas do ex-presidente da República.
“Não é por acaso que estamos reabrindo o Cine após uma breve reforma com um filme sobre JK. Isso é muito significativo para nós. Estamos celebrando a cidade que foi concebida, criada e construída por JK e estamos deixando um legado no campo da cultura do Distrito Federal”, afirmou Cláudio Abrantes, Secretário de Cultura e Economia Criativa do DF.
O evento não apenas marcou a reabertura do Cine Brasília, mas também anunciou a nova gestão do cinema, agora conduzida por uma organização da sociedade civil. Além disso, inaugurou as exibições da Mostra Ocupação, que ocorrerá de 23 de abril a 5 de maio.
Durante os dois meses de fechamento para uma obra de restauro, o cinema passou por uma série de melhorias, incluindo aprimoramentos na acessibilidade dos banheiros, renovação das instalações elétricas e hidráulicas, impermeabilização do telhado, reparos nas caixas de luz na área externa e restauração da obra “Candango”, exposta na entrada do Cine Brasília. Além disso, o cinema agora está equipado com uma nova tela capaz de exibir produções em 3D e 4K. O investimento da reforma no Cine foi de R$ 1 milhão de reais.
JK – O Reinventor do Brasil
Para celebrar a reabertura, o longa-metragem “JK – O Reinventor do Brasil” foi exibido pela primeira vez no espaço. O filme, que anteriormente havia sido lançado como uma série na mesma sala de cinema em novembro passado, baseia-se em imagens do acervo do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF).
Adalberto Scigliano, superintendente do ArPDF, explicou: “Há cerca de dois anos e meio, fomos abordados pela TV Cultura com este projeto ambicioso sobre a vida de JK. Nos envolvemos profundamente, realizando pesquisas extensas, visitando locais e entrevistando pessoas, para hoje podermos ter acesso a este rico material sobre este grande estadista.”
O diretor-geral Fábio Chateaubriand idealizou o conteúdo. Segundo o cineasta, o filme representa a pesquisa iconográfica mais extensa já feita sobre JK e utiliza uma linguagem moderna para contar a história do político. “O Arquivo Público desempenhou um papel fundamental em nosso processo de pesquisa, sendo o primeiro órgão do Governo do Distrito Federal a apoiar nosso projeto e ceder seu acervo para nossa investigação. Também recebemos apoio do GDF e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa; sem isso, não teríamos conseguido realizar nosso trabalho”, revelou o diretor.
Mostra Ocupação
A partir de terça-feira (23) até o dia 5 de maio, o cinema volta a ter exibições diárias com a Mostra Ocupação, com sessões de filmes de cineastas locais.
A Box Companhia de Arte vencedora do chamamento público para um parceria de Cogestão do Cine com a Secretaria de Cultura foi a responsável pela curadoria da mostra. O termo de cooperação celebrado terá uma duração de 36 meses e um investimento de R$ 6 milhões. O novo contrato inclui a exibição de produções fora do mainstream e a promoção de diversas atividades culturais no equipamento público.
“A instituição segue o edital que nós colocamos de manter as características do Cine Brasília como um espaço diverso para difusão do audiovisual do DF e também para debates, com entrada social”, comentou o secretário.
Cláudio Abrantes ressaltou que a nova gestão compartilhada busca assegurar ainda mais avanços na programação. “Estamos fazendo uma parceria de três anos. Isso dá possibilidade de mais planejamento, o que vai trazer mais qualidade para o Cine Brasília. Tenho convicção que será um sucesso”.
Confira a programação da Mostra Ocupação
23/4 (terça-feira), às 20h – Mãe, de Adriana Vasconcelos
24/4 (quarta-feira), às 20h – Hollywood no Cerrado, de Tânia Montoro
25/4 (quinta-feira), às 20h – Vidas vazias e as horas mortas, de Pedro Lacerda
26/4 (sexta-feira), às 20h – Fuga em destino, de Afonso Brazza
27/4 (sábado), às 20h – Servidão, de Renato Barbieri
28/4 (domingo), às 20h – Noctiluzes, de Jimi Figueiredo
29/4 (segunda-feira), às 20h – Carneiro de Ouro, de Dácia Ibiapina, e Maria Luiza, de Marcelo Diaz
30/4 (terça-feira), às 20h – Mário Fontenelle – A oração silenciosa, de Pedro Jorge, e Pra ficar de boa, de Nubia Santana
1º/5 (quarta-feira), às 20h – Servidão, de Renato Barbieri
2/5 (quinta-feira), às 20h – Vidas vazias e as horas mortas, de Pedro Lacerda
3/5 (sexta-feira), às 20h – Mário Fontenelle – A oração silenciosa, de Pedro Jorge, e Pra ficar de boa, de Nubia Santana
4/5 (sábado), às 20h – Cora Coralina – Todas as vidas, de Renato Barbieri
5/5 (domingo), às 20h – Fuga em destino, de Afonso Brazza