Texto e edição: Ascom Secec
17/11/2021
10:30:25
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Com objetivos de intercâmbio de conhecimento e da experiência de fruição estética, 11 servidores ligados aos equipamentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) – Museu Nacional da República, Museu de Arte de Brasília, Memorial dos Povos Indígenas, Catetinho, Museu Vivo da Memória Candanga e Centro Cultural Três Poderes – visitaram a 34ª Bienal de São Paulo e outros espaços curatoriais da capital paulista.
Os participantes da viagem foram ainda a locais como a Pinacoteca, Museu de Arte Contemporânea da USP, CCBB, Museu da Língua Portuguesa, Itaú Cultural, MASP
Reforçada ainda pelas direções de gestão do patrimônio e de preservação, e das gerências de acervo e de restauro, a equipe passou por um processo de capacitação e networking, dando continuidade à diretriz de atualização do capital intelectual e patrimonial que tem guiado os vários equipamentos da Secec durante a pandemia.
A visita a 34º Bienal de São Paulo e todas as exposições paralelas foi uma experiência muito enriquecedora para a capacitação e o aprimoramento dos servidores. A troca de informações foi excelente e proveitosa para gerar frutos no atendimento aos usuários dos espaços culturais do DF”, avalia Aldenise Melo, diretora de gestão dos espaços culturais da Subsecretaria do Patrimônio Cultural (Supac).
A Bienal de São Paulo é a uma das maiores exposições de arte da América do Sul, com milhares de obras. A base da capacitação dos servidores foi uma visita de dois dias ao Pavilhão Principal, no Parque Ibirapuera, onde houve uma visita guiada com mediação dos gestores locais.
“Os gestores de museus tinham o desejo de capacitação com grandes exposições, então decidimos ir à Bienal e aproveitar para visitar outros espaços em São Paulo, que tem uma conexão maior com o que é feito ao redor do mundo em termos de gestão museal e expografia, gestão de acervo também”, explica Felipe Ramón, coordenador das diretorias da Supac.
“Visitei tudo pensando na diversidade de acervos que temos na Secec e, principalmente, em como expor esse acervo com segurança física, para evitar furto, toques inadequados e risco material para o objeto”, revela Aline Ferrari, da gerência de acervo.
“Para a gerência do Museu de Arte de Brasília, a viagem tinha dois objetivos principais: estudar os modelos de gestão do acervo adotados pelos museus de referência da capital paulista e analisar a estrutura das reservas técnicas, já que o MAB precisa mobiliar a sua para receber de volta o acervo depois da reabertura”, conta o diretor do MAB, Marcelo Gonczarowska.
Marcelo explica que, como o museu ampliou sua área de atuação para abranger o design, foi fundamental entender as soluções encontradas por instituições de perfil semelhante, como o Museu da Casa Brasileira.
A diretora do Museu Nacional da República, Sara Seilert, diz que a visita à Pinacoteca “foi um dos pontos alto. Conversamos sobre gestão, sobre experiências com parceria público-privada, formação de acervo, curadoria, visitamos o laboratório de conservação e restauração de obras que eles têm”.
Rafael Rangel Soffredi, do CC3P, afirma que “essa visita técnica aos museus foi importante para podermos fazer uma análise comparativa entre eles e os nossos espaços. Pudemos analisar e comparar diversos aspectos, como infraestrutura física, organização de pessoal, protocolos sanitários e comunicação expográfica, entre outros. Certamente o Centro Cultural Três Poderes e o Espaço Oscar Niemeyer irão se beneficiar dos aprendizados dessa experiência”.
À frente do Catetinho, Artani Grangeiro revela que “estamos numa fase importantíssima. Muito em breve, o museu passará por uma manutenção na edificação tombada, já aprovada pelo IPHAN, e o momento é de estudo sobre a nova expografia e a narrativa que será apresentada ao público em sua reabertura após a reforma. Observar a utilização dos espaços edificados e de recursos expográficos [sons, imagens, texturas] foi valioso para a ampliação de possibilidades na criação da nova exposição”.
Gerente do Memorial dos Povos Indígenas, David Terena conta que ficou “muito impressionado com coisas que vão além da exposição das obras de arte. É a maior exposição do nosso país. Fiquei encantado com a organização e a presença de museólogos, antropólogos, historiadores. Eu tiro o chapéu para os espaços em São Paulo”.
Daniela Zambam, diretora de Preservação, vinculada à Subsecretaria do Patrimônio, relata que, “dentre todos os espaços que visitamos, três pontos me chamaram mais atenção. As áreas restritas visíveis, como a reserva técnica do MAC/USP e o laboratório de restauro da Pinacoteca; as soluções de montagem da Bienal, que é realizada em um bem tombado, o que é o caso de diversos equipamentos nossos aqui do DF; e, por fim, a acessibilidade nas exposições, com pisos táteis, áudios, rampas, elevadores e até mesmo soluções interativas”.
34ª BIENAL DE SÃO PAULO – FAZ ESCURO MAS EU CANTO
4 de setembro a 5 de dezembro de 2021
terça, quarta, sexta e domingo, 10h – 19h
(última entrada às 18h30)
quinta e sábado, 10h – 21h
(última entrada às 20h30)
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)
E-mail: comunicacao@cultura.df.gov.br