Texto e edição Ascom/Secec.
03/05/2022
11:00:01
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Com entrada franca, as apresentações da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) em maio dão continuidade aos “Clássicos nas Cidades”. No mês de abril, o projeto levou mais de 1,5 mil espectadores ao Complexo Cultural Samambaia, com sala lotada e cadeiras extras. O objetivo é circular a excelência da música clássica executada pelo conjunto instrumental da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) para além do Plano Piloto, facilitando o acesso dos moradores aos concertos da Sinfônica.
A exceção é para o “Concerto Espanhol”, no dia 24, que volta ao Cine Brasília, às 20h, integrando a celebração do título Brasília Capital Ibero-americana das Culturas.
DIVERSIDADE NAS CIDADES
“O projeto “Clássicos nas Cidades” desta vez vai a Ceilândia (Casa do Cantador, 3 e 17.5, às 20h) e Planaltina (Complexo Cultural de Planaltina, 10 e 31.5, às 20h).
“Em Samambaia, a receptividade do público superou as expectativas. As pessoas ficaram muito empolgadas com o repertório variado que abrangeu os clássicos universais, do cinema e da música brasileira. Houve um crescimento do público a cada nova apresentação”, comenta o regente Cláudio Cohen.
A abertura de hoje (3.5), na Casa do Cantador, apresenta um programa diversificado que vai de Astor Piazzolla a George Gershwin, passando por Egberto Gismonti, Toquinho e Vinícius e Bach. No dia 10.5, a Orquestra segue para o Complexo Cultural de Planaltina (CCP), para executar Brahms, “Concerto de Aranjuez” (1939) e o “Concerto para Violão e Orquestra”, os dois últimos terão Diogo Carvalho como solista.
Compositor, pesquisador, instrumentista e professor, Diogo Carvalho, nascido em São Paulo, detalha como será o “Concerto para Violão e Orquestra” (2011).
Diogo conta que o concerto é sobre as músicas do Brasil. Ele passeia por baião, tem bossa nova, samba, batucada, uma coisa meio seresta, valsa, choro… “Tem muito ritmo misturado e é um tipo de mistura típico dos concertos da música clássica, como Mozart, por exemplo. O público vai gostar muito porque vai reconhecer as partes. É um concerto para violão e orquestra, mas bem brasileiro. O violão participa muito como instrumento de ritmo”, explica.
O solista destaca um dos clássicos do repertório de violão, o “Concerto de Aranjuez”, de Joaquín Rodrigo. “É uma das peças mais famosas da história da música e também do violão. É linda, maravilhosa, com esse caráter espanhol bem profundo, uma peça lenta, com uma melodia incrível”.
BRAHMS IMPERDÍVEL
Violinista da OSTNCS desde 2017, Marcos Bastos ressalta que “a programação de maio está variada e bem acessível ao público, abrangendo desde os grandes mestres europeus até a música latina e brasileira, incluindo formações como metais e percussão, que é uma formação que não é tão comum, mas que tem um repertório muito interessante a ser explorado”.
Ele chama atenção, como um dos pontos altos do mês, para a “2ª sinfonia de Brahms” (1877), executada no dia 10.5, no CCP. Bastos se entusiasma com o projeto “Clássicos nas Cidades”:
“É sempre um prazer executar música de concerto para os moradores de outras cidades, onde, talvez, por conta da distância do Cine Brasília e do Museu Nacional da República, o público não vá a concertos com frequência.”
O violoncelista solista da OSTNCS, Francisco Orru, endossa a sugestão para a peça de Brahms: “É uma das preferidas pelas orquestras, comparável à ‘Sexta Sinfonia de Beethoven’ por seu clima pastoral (litúrgico) e seus temas marcantes. Os trabalhos de Brahms são extremamente bem-feitos sob o aspecto da técnica composicional e também um dos mais amados pelo público”.
NOITE IBERO-AMERICANA
No dia 24.5, às 20h, a Orquestra fará o “Concerto Espanhol”, no Cine Brasília, em razão de Brasília ser a Capital Ibero-americana das Culturas em 2022. A apresentação será dirigida pelo maestro convidado, Ignacio Garcia Vidal, que estará à frente da OSTNCS, com repertório que contempla importantes compositores espanhóis como Joaquin Turina e Manuel de Falla.
O título de capital Ibero-americana das Culturas é atribuído anualmente a uma das cidades que compõem a União de Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI). O encontro, que anualmente ocorre em Madri, escolhe as capitais que devem promover a diversidade cultural ibero-americana no ano seguinte.
PROGRAMAÇÃO MAIO
Clássicos nas Cidades
3/5
Casa do Cantador Ceilândia, às 20h.
Maestro Cláudio Cohen e Orquestra de Metais e Percussão
Programa
Aaron Copland – “Fanfarra para um Homem Comum”.
Fernando Morais – “Elegia e Villalobiana n.1”.
Astor Piazzolla – “Adios, Nonino”.
George Gershwin – “Bess, You is My Woman Now”.
Fernando Morais – “Itarata”.
Egberto Gismonti – “Sete Anéis”.
Toquinho e Vinícius – “Tarde em Itapoã”.
J.S.Bach. – “Now is our Savior Come”.
Anthony Holborne – “Três peças”.
Paul Dukas – “Fanfarra para Preceder La Peri”.
Augustin Lara- “Farolito”.
Armando Manzanero – “Somos Novios”.
Augustin Lara – “Granada”.
10/5
Complexo Cultural de Planaltina, às 20h.
Maestro Cláudio Cohen e Diogo Carvalho (solista).
Programa
Johannes Brahms – “Sinfonia n 2”.
Diogo Carvalho, compositor e solista – “Concerto para Violão e Orquestra” e “Concerto para Aranjuez”, de Joaquín Rodrigo.
17/5
Casa do Cantador Ceilândia, às 20h.
Maestro Cláudio Cohen e Orquestra de Cordas.
Programa:
Edward Elgar – “Serenata”.
Edvard Grieg – “Suite Holberg”.
Alexandre Guerra – “Contos”.
31/5
Complexo Cultural de Planaltina, às 20h.
Maestro Cláudio Cohen e OSTNCS
Programa:
L.v.Beethoven – “Sinfonia no.5”
John Williams – “Star Wars” Suite
Concerto Espanhol
24/5
Cine Brasília, às 20h.
Maestro Ignacio Garcia Vidal, Mariola Membrives (soprano, solista) e Diogo Carvalho (solista violão).
Programa:
Joaquin Turina – “La Oración del Torero”.
Frederico Garcia Lorca, compilação de canções populares espanholas.
Manuel de Falla – “El amor Brujo”.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)
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