Texto e edição: Secec
Representantes de cinco das principais cidades carnavalescas do país reuniram-se nesta quarta-feira (17) na Biblioteca Nacional de Brasília para impulsionar a agenda da principal festa popular do Brasil. A subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Sol Montes, recebeu gestores de Salvador, São Paulo, Olinda e Belo Horizonte. Junto com o Rio de Janeiro e Recife, formam a Rede de Cidades do Carnaval, criada há dois anos.
Sol (D), ao lado de Marah, Paulo, Isaac (sentado) e Fernanda; foto: Caio Marins
“A Rede de Cidades se articula para criar políticas públicas a fim de incrementar o Carnaval brasileiro como maior festa popular do mundo”, explica Montes, representando a capital federal.
A gestora conta também que, entre as pautas do encontro de Brasília está a ampliação da entidade, com a inclusão de mais cidades. Montes revela que outro objetivo da Rede de Cidades é dar visibilidade ao impacto do Carnaval na economia criativa. Os números impressionam.
Em 2023, a volta da folia na capital federal registrou a saída de 150 blocos com a estimativa de 1,5 milhão de pessoas distribuídas pelo Plano Piloto e as regiões administrativas. Em junho próximo, 13 escolas de samba – que não saem desde 2015 – vão mobilizar 4 mil carnavalescos, com a estimativa de 1800 empregos diretos e 5 mil indiretos. O investimento público é de R$ 7 milhões.
A servidora da Empresa Municipal de Turismo de BH (Belotur), que participou do encontro, Marah Costa, trouxe também números sobre a festa popular na capital mineira. “A pujança do Carnaval está em alta”, acredita. No último levantamento tabulado pela Belotur, em 2020, antes da pandemia, foi constatado que moradores locais gastaram R$ 80 por dia ao longo dos mais de três dias de festa. Visitantes tiraram do bolso R$ 200 por dia no mesmo período. Moradores de BH respondem por 82% dos foliões, ficando os visitantes com a fatia de 18%.
O assessor especial da Secretaria de Patrimônio, Cultura e Turismo de Olinda, Paulo Meira, relata que o carnaval local evoluiu “para se tornar o grande epicentro de toda uma cadeia produtiva em volta da indústria criativa local e até mesmo nacional”, levando-se em conta os serviços de agências de viagens e companhias de transporte.
Meira acredita ainda que “a construção da Rede surge com o papel de unificar os anseios e fortalecer as conquistas”. Entendemos que o Carnaval ultrapassou os limites das cidades e alcançou dimensões globais, não fazendo mais sentido tratar dessa grande indústria de forma unilateral”.
O encontro se estendeu noite adentro e discutiu estratégias para buscar, nos Ministérios da Cultura e do Turismo, apoio federal para somar nos esforços da entidade. Participaram também a diretora de eventos da Secretaria de Turismo de São Paulo, Fernanda Ramiro, e o presidente da Salvador Turismo, Isaac Edington.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)
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