Em dois concertos especiais, Orquestra do Teatro Nacional apresentou a aclamada Nona Sinfonia acompanhada de três corais
A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro encerrou esta semana o Ciclo Beethoven, em homenagem aos 190 anos da morte do compositor alemão, com dois concertos magistrais. As apresentações, realizadas em 7 e 8 de maio, lotaram o auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães com público total de 4,5 mil pessoas nos dois dias.
No repertório, a aclamada Sinfonia nº 9, obra mais conhecida de Ludwig Van Beethoven, e a primeira composição orquestral que incluiu cantores líricos para complementar os arranjos instrumentais. Nas duas apresentações, os músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional foram acompanhados dos corais Ad Infinitum e Adventista, de Brasília, e do Coro Sinfônico de Goiânia, além de quatro cantores líricos como solistas: a mezzo-soprano ítalo-brasileira Luísa Francesconi; a soprano japonesa Masami Ganev, o tenor paulista Paulo Mandarino; e o barítono também paulista Johnny França.
Um coro robusto de 90 vozes que fez a plateia se emocionar com os versos vibrantes da Ode à Alegria – movimento final da Nona Sinfonia – que fala sobre a união das nações. “Essa última fase de Beethoven é a mais madura e reflexiva. A Nona Sinfonia aborda um tema muito atual. Pregar a fraternidade entre os povos é algo essencial nos dias de hoje”, resumiu o maestro Claudio Cohen, regente do espetáculo.
As apresentações no Centro de Convenções Ulysses Guimarães marcaram o encerramento do Ciclo Beethoven, uma série de concertos que Orquestra do Teatro Nacional realizou para homenagear os 190 anos da morte do compositor alemão. O ciclo que começou em 2017 passou por todas as fases do músico. Foram executadas nove sinfonias, cinco concertos para piano e orquestra, concerto para violinos e quarteto de cordas. “O compartilhamento da nossa música, teatro e literatura faz com que Brasil e Alemanha cresçam cada vez mais juntos. O ciclo de concertos Beethoven prestou uma contribuição cultural de alto nível”, afirmou Georg Witschel, embaixador da Alemanha no Brasil.