SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA

Texto: Jamile Rodrigues / Fotos: Caio Marins e André Luís / Edição: Larissa Sarmento e Guilherme Lobão

O encerramento das comemorações aos 63 de Brasília foram regados a samba e música clássica, neste domingo (23), debaixo de muito sol, com samba e música clássica. Durante os três dias de evento, na Praça da Torre de TV, cerca de 80 mil pessoas curtiram a programação realizada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec). “Foram três dias de muita alegria, de muita comemoração. Brasília 63 anos e já estamos pensando nos 64. Foi muito bom. O público compareceu em massa, sem intercorrências, com muita paz, como a cidade merece”, registra Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa.

Após o sábado nublado, a tarde de domingo garantiu aos brasilienses um dia lindo para que todos pudessem curtir o show do grupo carioca Fundo de Quintal. Foi por volta das 14h que Bira Presidente, Ademir Batera, Júnior Itaguay e Márcio Alexandre subiram ao palco para cantar os maiores sucessos de um dos mais influentes e longevos conjuntos de samba ainda em atividade. Neste ano, o grupo completa 48 anos.

A energia do show não deixou ninguém parado. As mais de 20 mil pessoas espalhadas pelo gramado da Praça da Torre de TV sincronizavam passos ao som do pandeiro do mestre Bira. O gênero tipicamente brasileiro fez a enfermeira Maura Alves, brasiliense de 55 anos, não parar de sambar. “Estou adorando. Na verdade, esse novo formato de eventos nos faz curtir com muito mais tranquilidade. Aproveito para parabenizar o GDF pela organização. Brasília está de parabéns mesmo. Cada vez melhor. A nossa capital merece”, comemorou a enfermeira. “Além disso, que espetáculos hein?! Maiara e Marisa, Joelma e hoje Fundo de Quintal. É pra ninguém ficar parado!”.

E não deixar ninguém parado foi realmente a missão do músico Bira Presidente. Aos 86 anos, o fundador do grupo esbanja simpatia, alegria e muito samba no pé. Em meio às músicas, ele transmitiu mensagens de carinho para o público. Durante a apresentação, Bira afirmou o quanto gosta de vir a Brasília. “Fizemos um show para um dos públicos mais animados que conheço. A energia de Brasília nos motiva a continuar. Muito obrigado!”, celebra.

Orquestra sinfônica encerra comemorações do aniversário de Brasília

Por volta das 18h, os 90 músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro subiram ao palco para encerrar as comemorações do aniversário de Brasília. Para celebrar a data, a Orquestra tocou o clássico “Aquarela do Brasil” e, logo depois, o secretário de Cultura do DF, Bartolomeu Rodrigues, subiu ao palco para participar da apresentação, declamando o poema sinfônico “Brasília, Sinfonia da Alvorada”, composto em 1959, por Tom Jobim, com letra de Vinícius de Moraes.

Segundo o maestro Cláudio Cohen, no meio da construção de Brasília, Juscelino Kubitscheck resolveu encomendar uma obra que apresentasse a nova capital para o Brasil e para o mundo. Foi assim que surgiu o convite para que Tom e Vinicius passassem alguns dias hospedados no Catetinho e conhecessem mais da cidade projetada em meio ao Cerrado. Assim surgiu a obra.

A sinfonia foi recuperada para ser apresentada no aniversário de 63 anos de Brasília. “Durante meses partituras foram reconstruídas, a partir de manuscritos originais decifrados e digitalizados para que, então, os ensaios começassem”, relata o maestro. “Esse trabalho foi feito por muitas mãos. Contamos com o apoio do Coro Adventista de Brasília, do Coro Infinito e do Coro Supremo Encanto, que cantam a letra que exalta a cidade. Esperamos que a população goste e aprecie esse trabalho”, completou Cohen.

O público se encantou com a remontagem da obra em homenagem à capital, além de clássicos da música brasileira, dentre eles obras eruditas de Carlos Gomes e populares de Ary Barroso e de Raul Seixas. Durante a apresentação, o maestro Cohen, alertou a plateia para que não ter medo da música clássica. “Ela está presente em nosso cotidiano e é para todas e todos. Além de agradável, pode trazer uma reflexão de cidadania sempre”, finalizou.

A programação do Aniversário de Brasília promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) se concentrou na Torre de TV, mas contou com atividades espalhadas por vários equipamentos culturais públicos do DF, a exemplo do Espaço Cultural Renato Russo, da Biblioteca Nacional de Brasília, do Museu Nacional, do Centro de Dança e do Memorial dos Povos Indígenas.

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)

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