Texto: Loane Bernardo. Edição: Sérgio Maggio (Ascom/Secec)
Filho de pernambucanos e nascido e criado em Planaltina, o arte-educador, coreógrafo e dançarino Lehandro Lira comemora os 161 anos cidade com a honra de pertencer a um território criativo que carrega valores e tradições culturais. “Tenho orgulho de fazer parte dessa história como militante, artista e morador da cidade”, comemorou.
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Lehandro atuou em apresentações cênicas da “Via Sacra” e em projetos da Transições Cia. de Dança. Com espetáculos que despertam sensações de pertencimento no povo de Planaltina, o artista se expressa por meio da dança em diversos espaços, onde insere temas históricos e emblemáticos da cidade, como foi o caso do espetáculo “Faces de um Povo Centenário”.
HISTÓRIAS DE LUTA
O dançarino se declara como um dos militantes que atuaram para que a comunidade cultural conquistasse o Complexo Cultural de Planaltina (CCP), espaço gerenciado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Apelidado pelo arte-educador de “Santuário das Artes”, o CCP é exaltado pela população, não só como um espaço cultural, mas como um cenário de acesso à cultura para todos. “Um momento marcante foi a realização da primeira “Mostra de Dança de Planaltina”, da qual pude participar.
A ação contou com oficinas e palestras gratuitas. Foi emocionante”, lembra-se.
SENHOR DO TEATRO
Preto Rezende é dono do miniteatro Lieta de Ló, uma das pérolas de Planaltina
Anfitrião do teatro na cidade e um dos pioneiros da “Via Sacra”, Preto Rezende acredita que toda a riqueza cultural presente em Planaltina é herança da cultura dos povos ancestrais. “O próprio povoado tem seu surgimento em histórias orais, no caso O Mestre D’Armas”. Dono do miniteatro Lieta de Ló, uma pérola da cidade, Preto destaca marcos importantes para a construção da narrativa histórico-cultural da RA. “Temos desde a vinda de várias expedições (demarcação do Quadrilátero), o assentamento da pedra fundamental, até a chegada de novas famílias que aqui ficaram para a construção da nova Capital”, enumerou o artista.
POESIA DA QUEBRADA
Ravena Carmo – Poesia nas Quebradas Complexo Cultural Planaltina
Há 10 anos produtora cultural, poetisa e militante da cultura hip-hop, Ravena Carmo diz que Planaltina é a mãe de todas as outras Regiões Administrativas do DF. Sobre a força da cidade, ela aponta tanto a diversidade cultural existente, quanto os movimentos populares fortalecidos pela mobilização da comunidade. “Aqui se encontra desde o mais tradicional até o moderno”, celebrou.
Com uma agente transformadora de histórias de vida, Ravena se considera uma “artevista”. Esse conceito funciona como prova de que a arte muda a realidade das pessoas para melhor. Carmo ressalta que o Complexo Cultural Planaltina é resultado de uma luta muito antiga da comunidade e, hoje, é palco de felicidade e celebração das manifestações locais. “O Poesia nas Quebradas (projeto em que atua) foi o primeiro a se apresentar dentro do Complexo Cultural Planaltina, onde conseguimos a circulação de mais de 1000 pessoas, mobilizando a cidade para contemplar a arte feita pelos poetas da nossa cidade”, destacou.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (ASCOM/SECEC)
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