Estefani dos Santos sempre sonhou com uma grande loja de livros, onde pudesse andar sem hora pra voltar pra casa, visitar as estantes e escolher os livros que sempre quis ter. A fantasia é a companheira constante da menina magra de cabelos soltos e um olhar firme próprio dos serelepes. Pela sua cabecinha de apenas 9 anos já passaram histórias divertidas, de aventura, de fantasmas e até de terror.
Hoje, a aluna da Escola Classe Vila do RCG, na Água Mineral, realizou o grande sonho. Solta pelos corredores da Bienal Brasil do Livro e da Leitura, ela aproveitou.
Ao lado dos coleguinhas de turma, Estefani passou de estande em estande. Parou no que chamou mais sua atenção e dos amigos: o dos livros de histórias e aventuras de príncipes e princesas.
“Quando crescer, quero ser pintora”, disse ela para justificar a compra de um livro com desenhos para pintar e outro com adesivos que contam a história de Cinderela.
O MENINO DOS DINOSSAUROS
"Meu pai é o chefe do Parque Nacional de Brasília." A fala é de Alan Amaro, menino branco de pele lisa e rosada,
que nem parece viver sob o sol forte do centro-oeste.
Com seis anos, o livro que mais lhe chamou a atenção foi "A Enciclopédia dos Dinossauros". Filho de pai brasileiro
e mãe estadunidense, Alan gosta dos bichos pré-históricos.
Talvez por morar na floresta onde o pai é chefe. "Lá, minha casa fica no meio das árvores. Os meus vizinhos ficam
longe."
Alan passa os dias a imaginar aqueles dinossauros a rondar sua casa. E ele não tem medo, não. “Eu queria muito
ver um dinossauro de verdade”.
Alan e Estefani têm algo em comum. A pureza da fantasia. A beleza do sonho de quando se é criança.
INCENTIVO À LEITURA
Parte desse sonho foi realizada graças a um programa do Governo do Distrito Federal. Por meio da Secretaria de Educação, os estudantes receberam um cartão literário no valor de R$ 40,00. Com o crédito, os alunos podem retirar os livros que quiserem em qualquer dos estandes da Bienal. Os professores também receberam o cartão literário no valor de R$ 80,00.
A bibliotecária Fátima Gardênia Grilo de Melo apoia a medida. Responsável pela turminha da escola da Água Mineral, ela disse que faltam muitos investimentos desse tipo para a educação. “Além de incentivar a leitura, ensina os alunos a trabalhar com o dinheiro, dá noções de responsabilidade e de cidadania,” afirmou.
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